Rainhas da Província: um documentário sobre a cena Drag Queen de Porto Alegre

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Drag Queen Cassandra Calabouço na sua transformação. Foto: Robson Hermes

 

    A Cena Drag Queen está em ascensão no Brasil, e após o Reality Ru Paul Drag Race e o sucesso cantora Pablo Vittar, as drags queens ficaram muito mais visadas. Só que ainda assim, mesmo que falem sobre elas em sites, revistas e redes sociais, é raro de encontrar algum trabalho específico nos quais elas sejam protagonistas.

  O estudante de Jornalismo da UniRitter, Robson Hermes, está desenvolvendo um Documentário voltado para a cena Drag Queen de Porto Alegre, com a intenção de fazer uma conversação entre mulheres drags que estão no mercado já faz um tempo, e mulheres drags que estão começando a trabalhar com esta arte agora.

   “Então, eu quis fazer essa conversa entre, de quem se monta há 20 anos  e com algumas pessoas que se montam agora nesse boom e que são importantes na cena. Então, vou fazer essa conversa pra ver se consigo isso, mais ou menos assim, de escrever a jornada de como foi e como é agora o cenário Drag Queen”, comenta o estudante.

   A primeira Drag Queen a ser entrevistada para o documentário foi a Cassandra Calabouço, uma artista muito conhecida de Porto Alegre, no qual,  o estudante entrevistou e acompanhou ela se montar. Ele acredita que ela foi bem importante para o projeto dele, pois ela faz teatro, e trabalha com isto já fazem alguns anos.

   “Falei com a Cassandra Calabouço, que é uma artista  bastante conceituada, bastante peso pra falar. A drag dela apresenta trios elétricos na parada livre, ela como drag tem um próprio negócio que é o curso de drag dela, ela como drag também entra no teatro. Então eu acho que é uma drag que circula por bastante cenários, e é bem importante esse peso assim, sabe. De poder falar 20 anos. Uma pessoa desmontando poder falar sobre isso no meu documentário pesa bastante”, ressalta Robson.

   A Drag Queen Bibi Ribeiro, cantora de funk, também foi uma das entrevistadas. Ela traz músicas sobre empoderamento no movimento LGBT no seu repertório. Já realizou 2 clipes, um da música Afeminada e o outro sobre a música Aceita. Além das duas entrevistadas, o estudante de Jornalismo irá realizar entrevistas com outras drag queens. Ele não entrevistou outras porque os horários das agendas não fecharam, tanto a do estudante quanto das artistas.

   Robson, como morador gay de Porto Alegre, enxerga a cena drag queen estabelecida na cidade, pois segundo ele, acredita que as festas, bares que trazem artistas internacionais que participaram do Ru Paul ajudam a estabelecer a arte, e  que o cantor Pablo Vittar também traz um movimento voltado para a cultura drag.

   “Festa que trazem artistas internacionais dessa arte, reconhecidos internacionalmente que participam do seriado Ru Paul, que também é uma coisa que ajuda a estabelecer a cena, porque as pessoas assistem, vêem, e a coisa vira uma arte de massa né. Vira uma cultura de massa depois que passa na TV. Então, tem o seriado, o cantor Pabloque vem p cá direto sabe, então, eu vejo coisa que tem, que movimenta isso”, ressalta Robson.

   O Documentário “Cena Drag Queen de Porto Alegre”, que terá o tempo em média de 20 a 30 minutos, é desafiador e ao mesmo tempo interessante para Robson. “Eu criei gosto pelo processo de documentário, e eu achei que seria desafiador pra mim fazer um sozinho. Então é isso assim, é por isso que escolhi fazer um documentário”, explica Robson. O Documentário é para a cadeira de Laboratório de Práticas 2, orientada pelo professor Roberto Belmonte, e o objetivo do trabalho é mostrar as diferenças e comparações  entre as drag queens mais antigas de Porto Alegre para as que estão começando no mercado agora.

 

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