Charlene Voluntaire dispensa apresentações. Ela é uma das drags mais conhecidas e experientes do Rio Grande Sul, e sua arte é inspiração para muitas pessoas. Em meio a pandemia, a Aquenda Revista conversou com a Charlene Voluntaire via WhatsApp. Ela falou sobre sua inspiração, porque quis ser drag, preconceito, diferenças entre Charlene e Charles (nome de batismo), conselhos e muito mais. Confira a entrevista completa:
Aquenda Revista: Porque você quis ser Drag Queen?
Charlene: À Arte Drag está presente na vida do Charles Machado há 26 anos. Acredito que o Charles não escolheu a Charlene, a drag se impôs como uma extensão de sua personalidade e necessidade de ser feliz.
Aquenda Revista: Qual a maior diferença do Charles e Charlene?
Charlene: As diferenças são várias, principalmente em relação ao comportamento. O Charles é tímido e discreto, completamente o oposto da Charlene, porém, o caráter e a essência são características em ambos … Criador e Criatura.
Aquenda Revista: Já sofreu algum preconceito por ser Drag?
Charlene: O preconceito velado é realidade na “Sopa de Letrinhas” … na cena LGBTQIA+ existe simmmmm e se a Drag não se impõe , ela se torna apenas uma caricatura. A Charlene tem objetivo fazer este preconceito se tornar um conceito positivo usando da educação e da informação como armas para o bem viver.
Aquenda Revista: Qual conselho você dá p quem quer ser Drag? Seja como hobby ou profissão?
Charlene: Ser Drag Queen é exercer a Arte da Transformação … sendo assim, procure incentivar as pessoas a sonharem e acreditarem nos seus sonhos !
Aquenda Revista: Qual sua maior inspiração como Drag?
Charlene: Rebecca MacDonald’s foi uma artista que brilhava nos palcos do RS nos anos 80 E 90. Seu talento e presença de palco me inspiram até hoje.
Aquenda Revista: Você é a inspiração de muitas drags que eu entrevistei, tanto das drags mais experientes e das drags mais novas. Como você se sente sendo a inspiração de muitas drags?
Charlene: É uma responsabilidade (KKKKK) … É o reconhecimento dos meus 27 anos, atuante na Arte da Transformação, procurando sempre usufruir do “meu espaço” , sem nunca ultrapassar os limites da ética profissional.
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Parabens !! Otima materia